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Bolívia

PRESIDENTE: Luiz Arce
POPULAÇÃO: 12.388.575

A Bolívia, oficialmente Estado Plurinacional da Bolívia, é um país encravado no coração da América do Sul, fazendo fronteira com Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e Peru. Antes da colonização europeia, a região fazia parte do poderoso Império Inca. No século XVI, os espanhóis conquistaram o território, que ficou conhecido como Alto Peru. A Bolívia declarou sua independência em 1809, mas somente em 1825, após 16 anos de guerra, Simón Bolívar estabeleceu a república.

A Bolívia é uma república democrática dividida em nove departamentos, com duas regiões geográficas distintas: o altiplano a oeste e as planícies a leste. O país é considerado em desenvolvimento, com um IDH médio e uma alta taxa de pobreza. Sua economia se baseia na agricultura, silvicultura, pesca, mineração e produção de bens como tecidos, vestimentas, metais refinados e petróleo. A Bolívia é rica em minerais, com destaque para o estanho.

Com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes, a Bolívia é um país multiétnico, com ameríndios, mestiços, europeus, asiáticos e africanos. O espanhol é a língua oficial, mas o aimará e o quíchua também são comuns, e outras 34 línguas indígenas são reconhecidas como oficiais. Essa diversidade cultural se reflete na arte, culinária, literatura e música do país.

CULTURA

A cultura boliviana é uma rica tapeçaria de influências indígenas, com destaque para as culturas quíchua e aimará, e elementos da cultura popular latino-americana. O Patrimônio Cultural da Bolívia, que engloba bens tangíveis e intangíveis, é um reflexo dessa diversidade. O Estado boliviano reconhece a formação pluricultural, multiétnica e plurilinguística do país e se dedica a preservar a herança cultural de todas as culturas presentes e passadas.

No campo das artes, a influência espanhola é evidente, especialmente na arquitetura, pintura e escultura, com destaque para o Barroco Mestiço. Artistas bolivianos renomados, como Guzmán de Rojas e María Luisa Pacheco, contribuíram para a riqueza da produção artística do país. A música folclórica regional, rica e variada, é um importante elemento da cultura boliviana, com destaque para as danças diabladas no Carnaval de Oruro, um evento folclórico de renome internacional e Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

A arquitetura boliviana é um testemunho da história do país, com construções que vão desde as ruínas de Tiahuanaco e as construções incas, como os palácios da Isla del Sol e o forte militar de Samaipata, até os edifícios coloniais, como a Igreja e Convento de São Francisco, que refletem a influência do Barroco Andino. A arquitetura moderna também está presente no país, com destaque para o trabalho de Emilio Villanueva. A pintura boliviana, por sua vez, tem suas raízes na arte rupestre dos povos nativos e evoluiu ao longo dos séculos, incorporando influências espanholas e desenvolvendo estilos próprios, com destaque para o trabalho de artistas como Miguel Alandia Pantoja. A escultura boliviana também possui uma longa história, desde as esculturas em pedra de Tiauanaco até as obras de artistas contemporâneos, como Marina Núñez del Prado, que se destacam pela originalidade e expressividade.

ECONOMIA

Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) da Bolívia foi estimado em 27,4 bilhões de dólares, alcançando 56,14 bilhões em Paridade do Poder de Compra (PPC). Naquele ano, o país registrou um crescimento econômico de 5,2% e uma inflação de 6,9%. Apesar de desafios, principalmente políticos, o governo de Evo Morales (2006-2019) impulsionou o maior crescimento econômico em 30 anos, acompanhado por uma leve redução na desigualdade de renda.

A economia boliviana é fortemente dependente da mineração, com destaque para a produção de prata, boro, antimônio, estanho, tungstênio, zinco e chumbo. Em 2019, o país se destacou como um dos maiores produtores mundiais desses minerais. No entanto, a queda drástica no preço do estanho no início dos anos 80 impactou negativamente a economia do país, que dependia fortemente desse mineral. Desde 1985, o governo tem implementado um programa de estabilização macroeconômica e reformas estruturais para manter a estabilidade dos preços, promover o crescimento sustentado e aliviar a escassez.

Outro pilar da economia boliviana é a extração e exportação de gás natural, com a segunda maior reserva do recurso na América do Sul. A agricultura, embora menos relevante para o PIB em comparação com outros países da América Latina, também desempenha um papel importante, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, soja, milho e batata. Além disso, a Bolívia possui a maior reserva mundial de lítio, um recurso mineral estratégico para a tecnologia moderna, mas cuja exploração ainda enfrenta desafios para conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.