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Haiti

PRESIDENTE: Leslie Voltaire
POPULAÇÃO: 11.439.646

O Haiti, oficialmente República do Haiti, é um país insular caribenho que ocupa a porção ocidental da ilha de Hispaniola, compartilhando-a com a República Dominicana. Com uma área de 27.750 km², é o terceiro maior país do Caribe e o mais populoso, com uma população estimada de 11,4 milhões de habitantes. Sua capital é Porto Príncipe. A ilha era originalmente habitada pelos indígenas taínos, e a chegada dos europeus, liderada por Cristóvão Colombo em 1492, marcou o início da colonização espanhola, seguida pela dominação francesa no século XVII.

A história do Haiti é marcada pela Revolução Haitiana (1791-1804), liderada por Toussaint Louverture e Jean-Jacques Dessalines, que resultou na independência do país em 1804. O Haiti tornou-se a primeira nação independente da América Latina e do Caribe, a segunda república das Américas, o primeiro país das Américas a abolir a escravidão e o único país estabelecido por uma revolta de escravos. Os primeiros anos da independência foram desafiadores, com instabilidade política, dívida externa e ocupação americana no início do século XX.

O Haiti é membro fundador de diversas organizações internacionais, como as Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. No entanto, o país enfrenta desafios significativos, como pobreza, instabilidade política, desastres naturais e violência. Um terremoto devastador em 2010 e crises políticas recentes agravaram a situação, resultando em um cenário de instabilidade e dificuldades socioeconômicas. Em fevereiro de 2023, o Haiti foi descrito como um Estado falido, sem funcionários eleitos no governo.

CULTURA E TURISMO

A cultura do Haiti é rica e diversificada, com influências africanas, francesas, espanholas e indígenas. A arte haitiana se destaca, principalmente através de pinturas e esculturas. Nos anos 1920, o movimento indigéniste ganhou reconhecimento internacional, com suas pinturas expressionistas inspiradas na cultura haitiana e nas raízes africanas. A música haitiana combina influências de diversas origens, incluindo elementos franceses, africanos, espanhóis e indígenas. Estilos musicais exclusivos do Haiti incluem música derivada das tradições cerimoniais do vodu, música do gênero rara, baladas twoubadou, hip hop e merengue.

A literatura haitiana é rica em poesia, romances e peças de teatro de reconhecimento internacional. A experiência colonial francesa estabeleceu o francês como espaço de cultura e prestígio, mas desde o século XVIII há um esforço sustentado para escrever em crioulo haitiano. A culinária do Haiti é famosa por sua culinária crioula e pela sopa joumou. A arquitetura do Haiti inclui marcos notáveis como o Palácio Sans-Souci e a Citadelle Laferrière, que foram inscritos como Patrimônio Mundial em 1982. O Museu do Panteão Nacional Haitiano (MUPANAH) abriga a âncora do maior navio de Cristóvão Colombo, o Santa María. O Haiti é conhecido por suas tradições folclóricas, muitas das quais estão enraizadas na tradição do vodu haitiano. O carnaval haitiano é um dos mais populares do Caribe, e o país também celebra outros festivais como o Rara.

O turismo no Haiti tem apresentado um crescimento notável nos últimos anos, impulsionado principalmente pela chegada de navios de cruzeiro. Em 2012, o país recebeu cerca de 950 mil turistas, gerando uma receita de 200 milhões de dólares. Apesar do potencial turístico do país, o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta de viagem em 2012, destacando que turistas estrangeiros foram vítimas de crimes violentos, incluindo assassinatos e sequestros, principalmente na região de Porto Príncipe.

Apesar dos desafios relacionados à segurança, o Haiti tem investido em infraestrutura turística, com a construção de novos hotéis, como um hotel Marriott de quatro estrelas em Porto Príncipe, e outros empreendimentos hoteleiros na capital e em outras cidades como Les Cayes, Cabo Haitiano e Jacmel. O Carnaval do Haiti também tem se tornado um evento cada vez mais popular no Caribe, atraindo turistas de diversas partes do mundo.

O governo haitiano tem se esforçado para promover o turismo como uma importante fonte de renda para o país, buscando diversificar a economia e gerar empregos. No entanto, é fundamental que as autoridades continuem trabalhando para garantir a segurança dos turistas e melhorar a infraestrutura do país, a fim de que o turismo possa se desenvolver de forma sustentável e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Haiti.

ECONOMIA

O Haiti enfrenta desafios econômicos significativos, com um Produto Interno Bruto (PIB) per capita de paridade de poder de compra estagnado em torno de 1.200 dólares em 2010. O país ocupa uma posição desfavorável no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações Unidas, refletindo a complexa situação social e econômica. A economia haitiana é marcada pela escassez de mão de obra qualificada, desemprego generalizado e subemprego, com grande parte da população trabalhando no setor informal. A pobreza é um problema persistente, com a maioria dos haitianos vivendo com menos de 2 dólares por dia.

A agricultura é um setor importante da economia haitiana, embora o país dependa de importações para suprir suas necessidades alimentares. O Haiti exporta produtos como manga, cacau e café, mas enfrenta um déficit comercial significativo. A ajuda externa desempenha um papel crucial na economia haitiana, representando uma parcela considerável do orçamento do governo. Os Estados Unidos, Canadá e União Europeia são os principais doadores de ajuda ao país.

A economia do Haiti foi afetada por eventos como o terremoto de 2010 e a instabilidade política, incluindo a suspensão da ajuda externa em determinados períodos. No entanto, o país tem buscado estabilizar sua economia e promover o desenvolvimento, com iniciativas como o programa para países pobres altamente endividados do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar dos desafios, as remessas de haitianos que vivem no exterior representam uma importante fonte de renda para o país, e há esforços para melhorar o ambiente de negócios e atrair investimentos.