PRESIDENTE: José Raúl Mulino
POPULAÇÃO: 4.379.039
O Panamá, situado no istmo que une as Américas do Norte e do Sul, é um país de grande importância estratégica e cultural. Sua população, formada por uma maioria de mestiços descendentes de indígenas, africanos e europeus, reflete a história de encontros e intercâmbios que moldaram a identidade panamenha. A economia do país, impulsionada pelo setor de serviços, destaca-se pelas atividades financeiras, pela Zona de Livre Comércio de Colón, pela exploração do Canal do Panamá e pelo registro de navios mercantes, evidenciando a vocação do país para o comércio e a logística.

A história do Panamá é marcada pela influência espanhola, seguida pela união à Colômbia após a dissolução da Grã-Colômbia. A construção do Canal do Panamá, financiada pelos Estados Unidos, levou à separação do Panamá da Colômbia em 1903, impulsionando o desenvolvimento do país e consolidando sua importância no cenário internacional. A transferência completa do Canal para o Panamá, no final do século XX, fortaleceu a soberania do país e impulsionou ainda mais sua economia.
Atualmente, o Panamá desfruta de uma economia robusta, com um dos maiores crescimentos e IDH da América Central. A receita proveniente do Canal do Panamá continua a ser uma importante fonte de renda para o país. Além disso, a rica biodiversidade da selva panamenha, com sua fauna e flora exuberantes, atrai a atenção de cientistas e turistas do mundo todo, evidenciando o potencial do país para o turismo ecológico e a pesquisa científica.
CULTURA
O Panamá possui uma cultura rica e diversificada, resultado da mistura de influências indígenas, africanas e europeias. Sua população, composta majoritariamente por mestiços e mulatos, reflete essa diversidade étnica. A cultura panamenha incorpora elementos europeus, como na arte e em tradições trazidas pelos espanhóis, mas também mantém fortes raízes africanas, perceptíveis em manifestações como o tamborito, uma dança que combina ritmos espanhóis e africanos.
O folclore panamenho é rico em festividades, danças e tradições transmitidas de geração em geração. Estilos musicais como reggae, reggaeton, salsa e jazz são muito apreciados no país. A religião, embora com liberdade de crença, é predominantemente católica, com forte influência nas tradições e expressões culturais do povo, especialmente no interior do país, onde as festas populares estão frequentemente ligadas a santos católicos.
A gastronomia panamenha é uma fusão de influências africanas, espanholas e nativas americanas. O milho é um ingrediente básico em diversas receitas, como tortillas, arepas, tamales e bolos. Outras especialidades incluem as torrejitas de maíz, bolinhos de milho fresco, empanadas, hojaldras, um tipo de donut coberto com açúcar, e patacones, discos fritos de banana da terra verde. A culinária panamenha também se destaca pelos frutos do mar, dada a vasta costa do país. As praias paradisíacas do Panamá, como Bocas del Toro, Boca Chica e as ilhas de San Blas, são um dos principais atrativos turísticos, oferecendo relaxamento, esportes aquáticos e surf. Além das praias, o Panamá oferece outras atrações como rafting em rios como o Chiriqui Viejo, trilhas em parques nacionais, observação de aves e animais selvagens, e mergulho, com destaque para a Isla Coiba, conhecida como as Galápagos do Panamá.
ECONOMIA
A economia do Panamá é fortemente impulsionada pelo Canal do Panamá, cuja administração retornou ao país em 1999. As receitas geradas pelo Canal são fundamentais para a economia, com um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 24,711 bilhões em 2009 e um PIB per capita de US$ 7.155. O país, com uma população de apenas 2,8 milhões de habitantes, é um dos mais prósperos e de maior crescimento econômico na América Latina, e não possui Forças Armadas desde a deposição do ditador Manuel Noriega em 1989.
O Panamá possui uma economia fortemente dolarizada, com um setor de serviços bem desenvolvido, que representa cerca de 3/4 do PIB. Os serviços estão associados às operações do Canal do Panamá, ao setor bancário, à Zona de Livre Comércio de Colón e ao registro de navios sob a “bandeira panamenha”. Considerado o país mais internacionalizado da América Latina, o Panamá utiliza o dólar americano como moeda oficial, e o inglês é amplamente falado, atraindo pessoas de todo o mundo para seus portos, rodovias e aeroportos.
Apesar do desenvolvimento econômico significativo, o setor industrial do Panamá ainda é relativamente fraco. A produção industrial se destaca na fabricação de plásticos, têxteis, artigos de couro e alimentos, com a produção de carne, cereais, açúcar e laticínios. Os principais centros industriais estão localizados na capital e na Zona Franca de Colón. O Panamá possui petróleo em suas plataformas marinhas e depósitos de calcário e sal em quantidades significativas, com a maior parte da energia elétrica proveniente de usinas termelétricas, complementada por usinas hidrelétricas construídas no século XX.